
Você realmente queria aquele produto? Ou foi o algoritmo que decidiu por você?
Como o consumo guiado por tendências digitais influencia o marketing e o comportamento das marcas
Bonecos Labubu, Carmeds com glitter, copos Stanley de edição limitada. Em poucos dias, esses itens saem do anonimato e se tornam protagonistas nos feeds, nos carrinhos de compra e até nos armários dos consumidores.
Mas o que está por trás desse fenômeno?
Estamos diante de um comportamento cada vez mais comum no ambiente digital. O consumo moldado por tendências de curto prazo e altamente viralizáveis revela os novos rumos do marketing digital e o papel das marcas nesse contexto.
O algoritmo desperta desejo
Você não conhecia o Labubu.
Mas depois de ver várias versões fofas (e um pouco esquisitas) nas redes sociais, ficou curioso. Quis entender o que era. Pensou em ter um. E talvez até tenha comprado.
Esse é o ciclo típico de como o desejo nasce na era digital. Uma combinação de repetição, engajamento e estética transforma objetos comuns em fenômenos de consumo.
No caso do copo Stanley, por exemplo, o boom veio após um vídeo viral que mostrava o copo intacto no meio de um carro em chamas. A narrativa virou prova de resistência, o produto virou status e o algoritmo cuidou do resto.
Nem todo viral é passageiro
Muitos desses produtos têm uma trajetória mais profunda do que parece. O Labubu, por exemplo, foi criado em 2015 por Kasing Lung, artista de Hong Kong que mistura referências sombrias e lúdicas em sua obra. A pelúcia faz parte da série “The Monsters”, lançada pela Pop Mart em formato blind-box, o que aumenta a sensação de exclusividade e colecionismo.
Mas foi só em 2024, após aparecer nas mãos da Lisa (BLACKPINK), que o boneco ganhou status global. Hoje, está nas semanas de moda, em parcerias com marcas como Vans e Coca-Cola e até nas redes sociais de celebridades.
Esse tipo de virada mostra que nem todo hype é vazio. Em muitos casos, ele é resultado de timing, afeto, construção cultural e desejo por pertencimento.
O papel do marketing nesse cenário
Para quem trabalha com marketing digital, a lição é clara. Entender o comportamento do consumidor envolve mais do que acompanhar tendências. É preciso interpretar o que essas tendências significam.
Nem toda marca precisa virar meme. Mas toda marca precisa entender o contexto em que está inserida.
Aproveitar um hype pode gerar resultados de curto prazo. Construir significado e propósito é o que garante relevância a longo prazo.
Como criar desejo com propósito
A pergunta que precisa ser feita é simples: o público está comprando por identificação, por influência ou por impulso?
Quando uma marca entende essa resposta, ela consegue criar campanhas mais eficazes. Consegue se posicionar com autenticidade. E principalmente, consegue transformar desejo em relacionamento, não apenas em conversão.
O desafio vai além da visibilidade
Em um mundo guiado por feeds e algoritmos, o desafio não é apenas aparecer. O verdadeiro desafio é construir conexão real com as pessoas.
Na On, ajudamos marcas a entenderem o comportamento digital, criarem conteúdo com relevância e se destacarem em meio às modas passageiras, com estratégia e consistência.
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