Facebook. Como o mercado receberá os novos “reaction”?

Há poucas semanas, nosso querido Mark Zuckerberg sinalizou em seu perfil que, em breve, teríamos novidades no Facebook. Depois disso, a internet explodiu com a possibilidade de, enfim, existir o tão aguardado e sonhado botão de dislike.

Para a tristeza de alguns, Chris Cox, Chefe Executivo de Produtos, sinalizou logo em seguida que, na verdade, teremos uma espécie de novos de “reactions” através de emoji-likes.

A ideia básica é que os usuários tenham a oportunidade de expor de forma mais assertiva seu sentimento em relação a cada post compartilhado em sua timeline.

É aquela velha história: um amigo seu conta que perdeu um ente querido, ou que foi assaltado ou qualquer outra questão que um “curtir” perde um pouco o sentido. Por isso, para chegar à definição de “reactions”, o Facebook levou em consideração informações predominantes em comentários e os stickers mais usados na rede.

Esta nova configuração – que será testada em primeira mão por espanhóis e irlandeses – certamente enriquecerá o Facebook no que tange a dados comportamentais de seus usuários. Em outras palavras, seremos cada vez mais sinceros atuaremos de forma cada vez mais fiel em nossos comportamentos e, consequentemente, forneceremos mais informações particulares (e precisas) à Empresa.

O mercado já iniciou um amplo debate sobre o quanto essa alteração será positiva, ou não, para os atuais formatos de mensuração e de relatórios de desempenho. Fato é que, muito em breve, haverá uma gama de indicadores emocionais disponíveis através de uma nova barra de ferramentas.

Abaixo, apresentamos esses futuros emojis e o que eles significam para as empresas.

reaction

> Like

Dispensa apresentações, já que é o atual instrumento de feedback de interações. Como padrão, representa que os usuários demonstram interesse pelo conteúdo publicado.

> Love

Esse feedback pode ser interpretado como um nível acima do Like. Ou seja, a empresa acertou na linha de conteúdo veiculado. O usuário demonstra que o material o tocou emocionalmente e que ele se envolveu de forma mais profunda com a publicação.

> Haha

Esse será um importante indicador para as linhas mais irreverentes de comunicação.

Se por um lado empresas que utilizam o arquétipo do bobo-da-corte para a produção de conteúdo tenham a preocupação em receber um volume alto de “hahas” em seu material, empresas que não tenham a mesma vocação deverão ligar o alerta vermelho caso os índices sejam elevados.

> Yay

Provavelmente, será um meio-termo entre Like e Love. Ou seja, o post não é apenas ok, mas também não é apaixonante. Será mais um índice positivo de feedback, uma vez que o usuário demonstra de alguma forma empolgação com seu input.

> Wow

O que se percebe é que esta interação servirá para duas situações opostas. As pessoas poderão se surpreender por algo muito positivo e interessante ou poderão se chocar com algo negativo ou mesmo constrangedor.

> Sad

No time dos menos desejados, esse feedback poder significar uma reprovação em relação ao conteúdo ou à marca. Se analisarmos especificamente produtos e/ou serviços, ele pode representar uma frustração de compra (“Gostaria muito de adquirir tal produto mas não posso”).

> Angry

Sem dúvidas, o mais temido pelas marcas. Esse emoji irá tangibilizar toda raiva, frustração ou insatisfação com o conteúdo ou com a empresa. Naturalmente, questões mais polêmicas poderão gerar um volume maior destes feedbacks.

Como já falamos anteriormente, é notória a ausência do dislike. Embora tenhamos as opções Sad e Angry, nenhuma delas representa, na prática, uma antipatia clara ao post, marca ou pessoa.

Fica evidente a preocupação do Facebook em não melindrar seus produtores de conteúdo (e de renda). Ter uma opção mais agressiva de reprovação poderia significar uma perda na fomentação de ideias e debates, uma vez que os usuários poderiam se sentir constrangidos a publicar suas opiniões ou momentos pessoais e as empresas passariam a ter um indicativo negativo para suas ações comerciais, tornando o ambiente mais hostil para a presença de sua marca.

É bom deixar claro que essa é uma percepção do mercado internacional.

Por isso, questionamos se, de fato, esses indicativos mais tangíveis de dislike seriam realmente negativos para as empresas ou mesmo para o mercado de comunicação. Particularmente, acredito que não. Prefiro trabalhar com um cenário mais transparente e real a respirar dados subjetivos.

Seja como for, uma coisa é certa: as agências precisam se preparar para este novo cenário.

Aqui na On, nosso sócio Thiago Mouço, responsável pela área de Inteligência Digital, já abraçou essa missão.

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Até a próxima novidade!